terça-feira, 10 de novembro de 2009

O PREÇO DO PERDÃO

O perdão tem um custo excessivamente alto. Quem perdoa paga um preço tremendo: o preço do mal que perdoou. Se a justiça perdoa um delinquente, a sociedade sofre a ação, vendo-o em liberdade e conhecendo o seu crime. Se você possui vasos de porcelanas chinesa de grande valor e alguém os quebra, você perdoa a pessoa, sofre o dano e ela permanece livre.



Suponhamos que alguém arruíne sua reputação, exercendo a maledicência sobre você com veneno mortal, como diz Thiago 3.8

causando-lhe graves prejuizos morais..






Para perdoar essa pessoa, você deve aceitar livremente o pecado que ela cometeu em relação em sua vida, incluindo todas as consequências que isto lhe trouxe ( desconfiança, hostilidade para com você, quebra de relacionamento etc ) e deixá-la intacta! Este é o preço do perdão.



Um escritor, falando sobre perdão, disse que ¨perdoar custa caro¨; perdoar é levar sobre si a culpa do pecado de outrem: o criminoso é solto, o ofendido liberta-o, suportando sua própria repulsa e transformando-a em amor¨.



Quanto mais amarmos alguém e quanto maior for a ofensa que este nos causar, mais doloroso e caro custará o perdão. Perdoar é dificílimo, mas, se não fosse, não seria perdão; seria uma farsa! O custo é alto, porém maior é o valor da ação perdoadora.



IMPEDIMENTO AO PERDÃO
Certa vez o conhecido pregador Jonh Wesley ouviu o seguinte comentário de um general: ¨Eu não perdoo jamais¨, respondeu Wesley, ¨espero que jamais peque!. Muitos tem agido de forma semelhante, não conhecendo ao seu ofensor um ¨habeas corpus emocional¨ através do perdão. O preço do perdão é mais alto e nem todos manifestam o desejo de pagá-lo.



Perdoar parece muito fácil para o agressor, de acordo com a visão de quem foi ofendido. Deveria ser ¨olho por olho e dente por dente¨. Poderia, sim, mas que indenização você pode obter de alguém que destrui o seu lar, que seduziu sua filha, que o fez perder o emprego ou que arruinou a sua reputação? Na absoluta maioria dos casos, não há como indenizar a vítima; é impossível uma reparação.



Muitas vezes o orgulho bloqueia o perdão. Você se considera ofendido, ressentido com o que lhe foi feito. Seu ego está ferido e clama por justiça. ¨Não fui eu que iniciei....Não posso deixar passar isso em branco....Sou obrigado a reagir...¨Estes são comentários orgulhosos de quem não deseja humilhar-se. O orgulho impede a a absorção do que lhe foi arremessado e exige retaliação. Não pensa em perdoar..



Outro grande impedimento ao perdão é a vingança. Se você não pode obter pagamento exato ou restituição adequada de quem o feriu, pode ao menos vingar-se. Sim, você pode devolver-lhe na mesma moeda, servi-lo com o mesmo molho, fazendo-o sentir-se como você se sentiu. A vingança atuaria como uma compensação psicológica para o sofrimento que lhe foi imposto. Mas a vingança é uma arma inútil, é uma faca de dois gumes, consolidando ainda mais o ofensor o seu erro e, ao mesmo tempo, destruindo o ofendido. A vingança inicia uma viagem sem fim, descendo aos abismos do rancor, das represálias e desforraras.É uma solução impotente, que deixa a sensação de uma tarefa inacabada.




O ódio também é um formidável obstáculo ao perdão. Em lugar de vingar-se de quem o atingiu, você pode odiá-lo. Parece um perfeito substituto onde ninguém sai ferido. Será?????

Estudos médicos comprovam que o ódio represado pode causar desânimo, pode elevar a pressão arterial e trazer pertubações digestivas, incluíndo uma úlcera. Pode ainda levar a um esgotamento nervoso ou até a um enfarte. Odiar é uma forma de suícidio lento. Se você permanecer em ebulição, com mágoas e rancores, o seu físico também o seu emocional não resistirão. Não existe nenhum benefício advinho do ódio, somente prejuízos.

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